meus amores

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A MELHOR MÃE DO MUNDO.

Você é. Sua vizinha também. A Maitê. A Malu. A Claúdia. Eu, naturalmente. Somos as melhores mães do mundo. Aliás, essa é a única categoria em que não há segundo lugar, todas as mães são campeãs, somos bilhões de "as melhores" espalhadas pelo planeta. Ao menos, as melhores para os nossos filhos, que nunca tiveram outra.

Não é uma sorte ser considerada a melhor, mesmo se atrapalhando tanto? Mãe erra, crianças. E improvisa. Mãe não vem com manual de instrução: reage apenas aos mandamentos do coração, o que tem um inestimável valor, mas não substitui um bom planejamento estratégico. E planejamento é tudo o que uma mãe não consegue seguir, por mais que livros, revistas e psicólogos tentem nos orientar.

Um dia um exame confirma que você está gravida e a felicidade é imensa e o pânico também. Uau, vou ser responsável pela criação de um ser humano! (Papai também vai, mas em agosto a gente fala dele.)  A partir daí, nunca mais a vida como era antes. Nunca mais a liberdade de sair pelo mundo sem dar explicações a ninguém. Nunca mais pensar em si mesma em primeiro lugar. Só depois que eles fizerem dezoito anos, e isso demora. E às vezes nem adianta.

O primeiro passo é se acostumar a ser uma pessoa que já não pode se guiar apenas pelos próprios desejos. Você continuará sendo uma mulher ativa, autêntica, batalhadora, independente, estupenda, mas cem por cento livre, esqueça. De maridos você escapa, dos próprios pais você escapa, mas da responsabilidade de ser mãe, jamais. E nem você quer. Ou será que gostaria?

De vez em quando, sim, gostaríamos de não ter esse compromisso com vidas alheias, de não precisar monitorar os passos dos filhotes, de não ter que se preocupar com a violência que eles terão que enfrentar, de não sofrer pelas dores-de-cotovelo deles, de não temer por suas fragilidades, de não ficar acordada enquanto eles não chegam e de não perder a paciência quando eles fazem tudo ao contrário do que sonhamos.

Gostaríamos que eles não falassem mal de nós nos consultórios dos psiquiatras, que eles não nos culpassem por suas inseguranças, que não fôssemos a razão de seus traumas, que esquecessem os momentos em que fomos severas demais e que nos perdoassem na vezes em que fomos severas de menos. Há sempre um "demais" e um " de menos" nos perseguindo. Poucas vezes acertamos na intensidade dos nossos conselhos e críticas.

Mas é assim que somos: às vezes exageradamente enérgicas em momentos bobos, às vezes um tantinho ..na hora de impor limites. A gente implica com alguns amigos deles e adora outros e não consegue explicar por quê, mas nossa intuição diz que estamos certas. Mas de que adianta estarmos certas se eles só se darão conta disso quando tiverem os próprios filhos?

Erramos em forçá-los a gostar de aipo, erramos em agasalhá-los tanto para as excursões do colégio, erramos em deixar que passem a tarde no computador em véspera de prova, erramos em não confiar quando eles dizem que sabem a matéria, erramos em nos escabelar porque eles estão com olhos vermelhos (pode ser só resfriado), erramos quando não os olhamos nos olhos, erramos quando fazemos drama por nada, erramos um pouquinho todo dia por amor e por cansaço.

O que nos torna as melhores mães do mundo é que nossos erros serão sempre acertos, desde que estejamos por perto. 

Martha Medeiros

9 comentários:

ELAINE disse...

Ôi! Passando pra convidar! Tem post novo! Vem! Cada coração amigo conquistado, é mais uma luzinha a iluminar a nossa estrada! Uma terça-feira radiante e abençoada! Abraço fraterno e afetuoso!Ah! Infelizmente a verificação de palavras continua... Elaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com/
http://www.dihitt.com.br/elaineaverbuch
http://twitter.com/@elaineaverbuch

ELAINE disse...

Obrigada pelo carinho e pelo comentário! Excelente 4ªF! Volte sempre! Abraço carinhoso!
Elaine Averbuch Neves
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Zé Carlos disse...

Olá Zina querida, que bom receber você nas minhas casas, a outra vez que não consegui comentar foi culpa do Chrome que deu defeito naquele dia.

Espero menina que tenha aproveitado os feriados e descansado. (ou no frevo?)

Um beijo grande e continue deixando esta blog lindo como sempre.... ZC

Maria Alice Cerqueira disse...

bom dia Amiga, Vim agradecer a sua visita lá no meu cantinho, seja sempre muito bem vina ao mundo magico do coração!
Muito Obrigada pelo apoio na divulgação de meu Livro! um lindo dia para coe abraço amigo
Maria Alice

Penélope disse...

Zina, já que está novamente por aqui, que seja bem-vinda...
Eu acredito que todas as MÃES são seres mágicos... até mesmo aquelas que não têm tantos dons assim. Bela postagem e a imagem é um docinho...
Abraços

Maria Alice Cerqueira disse...

Ola amiga
Vim desejar um bom final de semana
abraço amigo
maria Alice

Anônimo disse...

Oi Zina, que bom reencontra-la.

Maravilhoso este texto, toda a humanidade e o divino de ser mãe, descritos nele.

Beijos!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Uma mensagem maravilhosa e verdadeira...era muito bom que houvesse uma escola para pais, assim talvez fosse de outra maneira, mas fazemos o melhor que podemos e sabemos.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

Ange Rocha S. Abramov disse...

Que texto lindo, amiga!!!

Posso imaginar esse amor, embora ainda não seja mãe. Mãe é tudo, só nos faz bem...

Beijão!!